Banca de QUALIFICAÇÃO: MAYRA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MAYRA SILVA
DATA : 27/08/2025
HORA: 08:30
LOCAL: On line via Google Meet
TÍTULO:

TERRAS DE MOCAMBEIROS/QUILOMBOLAS, “TERRAS DE PRETOS”: estudo sobre protocampesinato no Maranhão, final do século XVIII e início do XIX


PALAVRAS-CHAVES:

Experiências Atlânticas; Mocambos; Quilombos; Protocampesinato; Maranhão.


PÁGINAS: 94
RESUMO:

As diversas comunidades de negros escravizados que se formaram durante todo o período da escravidão foram responsáveis por produzirem histórias complexas de resistência, de vivências e de ligação com o território ocupado e a criação da cultura material e imaterial nestes territórios por eles habitados, assim como estratégias complexas próprias de praticar a agricultura de subsistência em coletividade nestas micro e macrosociedades. Estamos falando dos diversos mocambos e quilombos, que fizeram parte da estrutura colonial maranhense e que perduram até os dias atuais com sua economia, sociabilidades e suas culturas seculares, praticados pelos seus herdeiros. Assim, segue-se a presente problemática: Como se dá o cenário do surgimento do negro mocambeiro e aquilombado no Maranhão? Qual o impacto do protocampesinato negro na economia maranhense? Desses questionamentos elaboramos nosso objetivo geral que consiste em perceber o surgimento de mocambos e quilombos e sua relação com o protocampesinato negro no Maranhão no final do século XVIII e início do XIX. Os objetivos específicos são: historicizar, através da historiografia, o negro e seu acesso à terra no Maranhão colonial; descrever o cenário do negro mocambeiro e aquilombado no Maranhão e identificar a constituição de comunidades de escravizados fugitivos no Maranhão Colonial; demonstrar a importância de relações estabelecidas pelos escravizados como uma forma de ampliação da esfera de resistência dentro da Historiografia Negra Maranhense. O presente trabalho se desenvolve através dos processos teórico-metodológicos da História Social. Autores como Flávio Gomes (1997, 2005, 2006, 2011, 2015), Barroso Junior (2023), Amantino e Florentino (2012), entre outros. A pesquisa é qualitativa e quantitativa com base na transcrição de documentos manuscritos e análise da documentação sobre o Maranhão existente no Arquivo Histórico Ultramarinode Lisboa e no Arquivo do Tribunal de Justiça do Maranhão. Constatamos, até o momento, que a Capitania do Maranhão se destacou economicamente devido à agricultura de exportação, focada principalmente no algodão e arroz. A Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, criada em 1757, impulsionou a vinda de navios com milhares de africanos escravizados, em grande parte de regiões como a Costa da Alta Guiné. A economia de plantation era baseada em grandes propriedades de terra (sesmarias) e na exploração do trabalho escravizado. Diante do cenário de violência e exploração, os negros escravizados buscaram diversas formas de resistência, como fugas e a formação de comunidades de fugitivos. Essas comunidades, conhecidas como quilombos e mocambos, se espalharam por diferentes regiões, atuando de maneira autônoma. A existência dessas comunidades era vista pelas autoridades como uma ameaça à ordem colonial, mas, ao mesmo tempo, elas se tornaram parte da estrutura econômica e social da época, formando um verdadeiro "campo negro" de autonomia no final do século XVIII e início do XIX.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 332055 - MARIA DA VITORIA BARBOSA LIMA
Interno - 91393 - ALCEBIADES COSTA FILHO
Externo à Instituição - REINALDO DOS SANTOS BARROSO JUNIOR - UEMA
Notícia cadastrada em: 26/08/2025 15:19
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